“Ando devagar, porque já tive pressa…”
O que é o tempo quando somos mães?
Uma verdadeira loucura incongruente. Hora queremos que corra, hora queremos que pause e volte atrás.
Olhando sempre para um breve futuro que nos indica que talvez seja mais fácil, menos demandante. Olhando para trás e querendo ter aproveitado mais, corrido menos, dado mais atenção.
A pausa, o contato com os ritmos da natureza, do sol, da lua e dos animais me ajudam a venerar o tempo e respirar junto da revoada de gaviões, do relinchar dos cavalos, do cantar dos galos, do coaxar dos sapos na noite. E tudo isso me ajuda a desacelerar a mim mesma e, consequentemente, a infância das minhas filhas, que é agora.
Como amo a natureza, como amo minhas filhas e o dia de hoje.
Pausa para viver o presente, viver a brincadeira de hoje, as dificuldades de hoje, as delícias de hoje, as birras de hoje, as risadas de hoje, as manhas de hoje, as rotinas de hoje, sem pensar no peso de todas as rotinas.
Leveza, espontaneidade, aquietar, observar, amar.
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