Aqueles primeiros muitos dias de mulher recém-parida, bebê recém chegado ao mundo e uma casa recém transformada em verdadeiro ninho.
Colo, colo, colo
O bebê que acaba de sair do quentinho, aconchegante e envolvente útero materno só conhece essas sensações de acolhimento e nutrição contínuos. Ao fazer a passagem para esse enorme mundo, tudo que esse bebê precisa é uma suave transição para se adaptar a esse mundão cheio de outros estímulos: sons, cheiros, temperaturas, braços diferentes, nutrição intermitente, falta de um invólucro contínuo.
O colo é isso!
Quem dá colo para a mãe que é a principal protagonista para que essa transição ocorra suavemente?
Sua rede; sua rede de apoio.
Quem é a rede?
Além de uma rede propriamente dita, pois ela embala a díade mãe-bebê, essa mãe precisa set nutrida, se banhar, descansar, ser ouvida, ser acolhida, ser apoiada em suas escolhas e decisões, ser massageada, ser assegurada de que ela é a melhor mãe do mundo.
Uma recém-mãe é como um recém-nascido. Precisa de muito colo para poder ser colo. Precisa dessa transição repleta de amor e cuidados para se enxergar mãe, se transformar nesse mundão.
Se você não é mãe, busque ouvir, acolher e apoiar uma mãe, especialmente uma recém-mãe. Ofereça o que estiver ao seu alcance: enviar uma cesta gostosa de comes e bebes; presentear com uma massagem, ou com alguma atividade que ela possa fazer com o bebê ou para ela (#ficaadica do meu curso de massagem para bebês 😉); ligar e querer saber dela e não somente do bebê; ouví-la sem palpites; etc.
Se você é recém-mãe, relembre-se diariamente que o momento que você está vivendo é circunstancial, transitório, transformador e requer tempo para se enxergar e se compreender neste novo papel. Aceite e saiba pedir ajuda.
Não seja tão dura consigo mesma, tente se culpar pouco (ou nada, se puder).
Você é a mãe do seu bebê, a mãe possível e incrível.
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