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Sobre o posicionamento do bebê

Foto do escritor: Rosana SeagerRosana Seager

Atualizado: 18 de jan. de 2022


Nas aulas de preparação para o parto sempre tem um dos encontros voltados para experimentação de movimentos, posições, massagens, pressões com as mãos nos quadris, uso do rebozo para aliviar as intensidades e sensações do parto.

Falamos também do spinning babies. O útero tem seu formato assimétrico por natureza: mais abaulado no lado esquerdo e mais oblíquo no lado direito. Dessa forma, se o útero tem o espaço interno corporal para se manter em seu formato natural, o bebê vai se encaixar com a cabeça para baixo (cefálico) e dorso à esquerda, que por ser arredondado deixa o bebê bem confortável como se estivesse numa rede, levando seu queixo par ao peito e encaixando na pelve com a cabeça fletida, com o diâmetro menor e mais anatômico para a descida dentro da pelve.


O bebê se encaixa onde ele encontra espaço. Ele não escolhe deliberadamente e conscientemente ficar pélvico, ou cefálico posterior, ou transverso só para ser teimoso.

O spinning babies apresenta uma série de exercícios que devem ser feitos a partir de 20-24 semanas de gestação para alongar a musculatura profunda que se insere na pelve, o assoalho pélvico, assim como aliviar tensões dos ligamentos que ligam o útero à pelve.

Temos vícios corporais, preferências por um lado ou outro do corpo, sentamos muito mais no sacro, dormimos mais para um lado do que outro, mexemos muito no celular, olhando para baixo, modificando enormemente nossa postura.

Nosso útero responde a todos esses vícios posturais. Ele é torcido mais para um lado do que outro, tensionado para um canto e assim o bebê tem espaço limitado para se acomodar na posição mais anatômicas para o parto fluir naturalmente e fisiologicamente.


Algumas vezes precisamos usar os exercícios do spinning babies durante o parto para otimizar espaço e ajudar o bebê a descer.

Nessa foto, a parturiente estacionou em 7cm por 5 horas. Já havíamos feito liberação lateral deitada, muita dança, muita movimentação, mas o que de fato resolveu foi a invertida. O bebê dela precisou de uma invertida para recuar um pouquinho e se re-encaixar na pelve e o parto fluir.


Certa vez, em conversa com a querida Ana @anafialho.obstare após um parto, comentei que achava que a posição do bebê correspondia a metade do caminho para o parto vaginal. Ela falou: “eu diria 90%!”

De fato, após mais estudos, conhecendo o spinning babies mais afundo, acompanhando mais partos percebo como a posição antes mesmo de entrar em TP influencia enormemente o progresso do parto, as sensações da parturiente, o tempo de TP e a via de parto.

Você já conhece o spinning babies?

Usou na sua gestação e/ou trabalho de parto? Compartilha aí!!


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Terapia Natural - Rosana Seager

Cuidados naturais para mulheres em suas diversas fases de vida.

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