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Foto do escritorRosana Seager

Teste de gravidez = embarque para o desconhecido

Atualizado: 18 de jan. de 2022


Há exatos 6 anos atrás eu tirei essa foto. Um sorriso misto de felicidade, medo, animação e um real total desconhecimento e incertezas do que viria pela frente.


Um simples palito com urina pode trazer TANTOS sentimentos.


Ali para alguns é apenas o esboço do começo, para outrxs é uma parcela da vitória de um longo processo de tentativas.


Para as famílias de primeira viagem, independentemente da história até chegar ali, esse palito os coloca de frente para uma jornada completamente página em branco.


Nas rodas de pós-parto e nas aulas de massagem para bebês falamos muito sobre como a enorme maioria das famílias se prepara para a gestação e parto e esquecem ou ignoram que com o nascimento do bebê inicia-se uma etapa da vida que requer muita atenção. Não estou aqui falando apenas da atenção aos cuidados do bebê, pois isso vem de uma forma ou outra. Falo aqui da atenção ao puerpério, ao processo de se tornar mãe ou pai.

Processo longo e contínuo, que se modifica, que se soma, que se perde, que dá loopings em montanha russa de emoções, que se emociona, que se grita, que se chora, que de desespera, que por vezes não se cabe em si de tanto amor e outras não se cabe em si de tanto cansaço e exaustão.

Processo que não tem volta e isso muitas vezes assusta.

Que por vezes se pede para o tempo ir mais rápido e outras se pede para ir mais lento.


A Rosana daquela foto não tinha a menor ideia da revolução que ocorreria em sua vida 8 meses após esse dia.

Revolução que me exigiu pedir muita ajuda. Renascer, morrer, renascer de novo.

Me inspirou a também oferecer essa ajuda para outras famílias.


Nascer mãe e nascer pai é ter a oportunidade de se re-entender (e se perder muitas vezes), de revisitar sua própria história, de buscar melhorar só para ser melhor exemplo, tendo a humildade de saber quem nem sempre vamos ser melhor exemplo.

Nossos filhos aprendem também com nossas falhas, ainda mais se sabemos depois explicar e pedir desculpas.


Querer ser perfeito é uma pressão enorme para eles. Se não falhamos, como exemplificar que é permitido errar?


Vamos honrando nossas emoções, nossas possibilidades e nossas circunstâncias.

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