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Foto do escritorRosana Seager

Medo

Atualizado: 18 de jan. de 2022


Desde a semana passada, um assunto muito recorrente nos meus atendimentos foi o medo em suas mais variadas apresentações. Medo da morte, medo de não dar conta, medo da cobrança, medo de enlouquecer, medo de encarar as próprias dificuldades, medo do tempo, medo de sair para trabalhar quando não se tem escolha, medo de ser um profissional da saúde e levar o vírus para a família que cuida da criança para poder ir trabalhar, dentre outros vários medos.

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Falamos sobre isso na nossa roda de pós-parto de segunda e, batata, foi um assunto que deu panos para manga.

A pergunta em jogo sobrevoou muito a questão de como lidamos com o medo e como ele se manifesta na nossa vida, na nossa rotina.

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O medo é algo essencial para nos alertar de perigos, para nos salvar muitas vezes de um acidente, para evitar decisões impulsivas, para levantar uma bandeira vermelha de que certos caminhos e certas pessoas não são as melhores escolhas para nosso bem-estar e segurança, etc.

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Por outro lado, o medo muitas vezes aparece em situações que nos paralisa e nos impede de viver algo maravilhoso, nos impede de ousar, de tentar, de buscar o que realmente queremos.

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Na trabalho de hipnose durante a gestação, parto e pós-parto tiramos um momento importantíssimo para pensar no nosso medo.

Muitas vezes nem sabemos muito bem do que temos medo, nem porque. Mas aquele medo é tão potente que nos trava, nos bloqueia, nos paralisa.

O medo tem relação com situações e emoções vividas anteriormente, está armazenado na nossa caixinha de dados na nossa mente subconsciente. Está ali bem viva e basta ser acionada e acessada por algum gatilho que nos rememore a alguma situação no passado bem intensa para revivermos aquela emoção. Isso é muito forte, muito potente.

O medo também pode ser construído à medida que somos expostos a novas situações de dor, de sofrimento, de desafio enorme e, assim, construímos novos medos nessa base de dados da nossa mente.

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Então, como lidar com tudo isso? Parece enorme, parece um monstro descontrolado, uma infestação de pragas que tomam conta da nossa razão, do nosso controle.

Não existe fórmula mágica. Mas há algumas maneiras que podemos trabalhar o medo.

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A maneira que trabalhamos na hipnose como preparação para o parto é dando nomes ao medo. Escrevemos esse medo em um papel e conversamos sobre ele.

No momento que você encara seu medo num pedaço de papel, fica, de certa forma, tangível, visível, palpável. Deixa de ser um bicho-papão que toma formas dantescas na sua cabeça e passa a ser uma simples frase numa folha de papel.

A partir dali conversamos sobre o medo e pensamos juntas estratégias de encarar e amenizar esse medo.

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Tem um livro bem bacana que lida com os sentimentos, que leio para minha filha mais velha, da Tonia Casarin @toniacasarin@tenhomonstrosnabarriga : “Tenho monstros na barriga”. No monstrinho do medo, fala que quando ele aparece a gente deixa de tentar fazer diversas coisas. Quando mesmo assim tentamos encarar esse medo, logo aparece outro monstrinho: o monstrinho da coragem.

Ou seja, medo vem, medo vai. Se conseguimos enfrentar o nosso medo, logo aparece a coragem para nos ajudar nesse processo. *

E quero dizer que também estou aqui para ajudar a encontrar esse “monstrinho” da coragem em cada uma, seja para buscar o tipo de parto que você queira, seja para buscar mais qualidade de vida, para se reequilibrar como um todo, seja para lidar com comportamentos e vícios indesejáveis, seja para alcançar uma meta, para ajuda na amamentação ou em fazer o desmame... são muitas ajudas que posso dar com meu trabalho.

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Como você tem lidado com seus medos? Vamos começar a dar nomes a eles?


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