O primeiro toque que minha segunda filha recebeu na vida foi o da minha mão acariciando sua cabecinha.
O primeiro som que ela ouviu foram minhas palavras: “pode vir, filha” enquanto apenas sua cabeça havia nascido eu esperava outra contração vir e o resto do corpo nascer.
O primeiro “procedimento” que ela recebeu foi a retirada de uma circular de cordão desfeita por mim e amparo da minha querida parteira @maira_libertad_ a pedidos meus com medo de deixá-la cair no chão.
O primeiro contato pele-a-pele dela foi meu colo nu, quente, pulsante. Com uma interrupção breve de segundos com a ajuda de outra querida parteira @marimnzs para se certificar que Lis havia expelido o excesso de líquido da boca.
E a hora dourada? Foram meses dourados de muito grude.
Lis nasceu num parto domiciliar planejado, com a presença do meu amor @cauecapille , da minha doula @rochellevirmond e das minhas parteiras @maira_libertad_@mari.menezes.obstetriz (@bastopriscila chegou 5 min depois que a Lis nasceu, pq Lis foi apressada).
O que eu vivi, o respeito, o silêncio, as mínimas intervenções, o amparo, a segurança, a proteção eu considero como um privilégio sem tamanho. A verdade é que apenas uma parcela ínfima da sociedade consegue um parto humanizado e respeitoso assim. Não estou aqui falando do parto apenas natural, domiciliar e rápido. Falo aqui das escolhas e opções serem honradas, clarificadas, apoiadas e conquistadas.
O cenário obstétrico é um mundo de enganações.
Parir com respeito (independente da via ou local) é um direito de todas.
Meu desejo é que cada vez mais as pessoas possam se informar, escolher equipes humanizadas e atualizadas.
Escolham uma doula para te acompanhar na gestação, parto e pós-parto!
Estejam circundados de profissionais que terão olhos de cuidado para a família como um todo durante toda a gestação, parto e pós-parto.
“Para mudar o mundo, precisamos mudar a forma de nascer” Michel Odent
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